“Zilda Arns: Exemplo Que Queremos Seguir”

Nas últimas semanas, os brasileiros foram tomados por um grande sentimento de saudade, tanto pelas mortes dos militares que estavam em missão no Haiti, quanto pela morte da Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral do Idoso.


Ao vermos o sofrimento de tantos irmãos do Haiti, muitos se perguntam como Deus pôde permitir tamanha tragédia em um dos países mais pobres do mundo. Na igreja onde Dra. Zilda estava, tudo foi destruído, exceto o crucifixo, que se manteve em pé.

Jesus crucificado une seus sofrimentos aos dos nossos irmãos e nos lembra que, após a dor, a vida e a esperança ressurgem.

Nosso Pai sabe tirar coisas boas dos lugares onde parecia não haver mais luz. As nações, que semanas antes não entraram em acordo para diminuir o aquecimento global, diante do terremoto no Haiti, uniram suas forças para ajudar seus semelhantes.

Se a tragédia no Haiti nos faz refletir sobre a fragilidade da vida e o verdadeiro sentido da humanidade, que precisa ser fraterna, a partida da Dra. Zilda Arns para a casa de Deus nos leva a pensar no poder do amor.

Dra. Zilda descobriu que é preciso deixar que o amor flua dentro de nós, se estenda à nossa família e amigos, chegue à nossa comunidade e, assim, modifique o planeta. Ela descobriu que o amor é capaz de realizar uma verdadeira revolução.

Em 1982, essa mão de seis filhos (dois falecidos), viúva, decidiu assumir a pastoral da Criança, a pedido de seu irmão, Dom Paulo Evaristo Arns, atualmente arcebispo emérito de São Paulo. Nesse trabalho, ela colocou à disposição dos irmãos os talentos a aptidões que desenvolveu como médica pediatra. A dedicação foi tanta que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2006.

Praticando as obras de misericórdia, instruindo os menos esclarecidos, a Pastoral da Criança acompanha cerca de dois milhões de crianças e mais de 80 mil gestantes rodos os meses. De forma simples, cerca de 150 milhões de voluntárias espalhadas pelo Brasil ensinaram às mães regras básicas de higiene e nutrição, além e todo os cuidados necessários para que seus filhos tenham saúde nos primeiros anos de vida.

No dia da morte da Dra. Zilda, nós brasileiros lembramos que tipo de pessoa nós admiramos e que tipo de exemplo queremos seguir. Descobrimos que, como Zilda Arns, nós também queremos amar.
_____________________________________________________________________

Jornalista Thais Ferreira da Veiga
Texto publicado na revista “O Mílite”, na edição número 231, março de 2010, p.37

Saiba mais em: http://www.miliciadaimaculada.org.br/ – Central de Jornalismo da Milícia da Imaculada

One Response so far.

  1. Ela agora vai virar selo, junto com o menino de braços abertos, retirado dos escombros.

Deixe a sua nota